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Venezuela: Painel da ONU questiona eleição presidencial e chavismo rebate

Especialistas enviados a Caracas denunciam irregularidades na votação de 28 de julho. Conselho Nacional Eleitoral chama relatório de \"infame\". Cientistas políticos veem proposta de novo pleito com ceticismo

Publicada em 15/08/24 às 08:11h - 7 visualizações

por https://www.correiobraziliense.com.br/mundo


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As conclusões do relatório preliminar do Painel de Experts Eleitorais da Organização das Nações Unidas (ONU) causaram revolta no regime de Nicolás Maduro. O documento atesta que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) "não cumpriu com as medidas básicas de transparência e integridade que são essenciais para a realização de eleições confiáveis". "Tampouco seguiu as disposições legais e regulatórias nacionais, e todos os prazos estabelecidos foram descumpridos", afirma o informe elaborado por quatro especialistas enviados a Caracas. O parecer, que a princípio seria confidencial, acabou por vazar à imprensa.

"Anunciar o resultado de uma eleição sem a publicação de seus detalhes ou a divulgação dos resultados tabulados aos candidatos não tem precedente em eleições democráticas contemporâneas", advertiu o informe. O CNE qualificou o relatório de "infame" e afirmou que o texto contraria princípios da própria ONU e está "carregado de mentiras e de contradições". "O conteúdo do dito 'informe' é um documento panfletário e sua 'perícia' fica absolutamente desmoronada em vista dos argumentos pobres e facilmente desmentíveis que usam para tentar deslegitimar o processo eleitoral impecável e transparente realizado em 28 de julho", sustentou o organismo.

Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional venezuelana (de maioria chavista), foi além: chamou os especialistas de "lixo" e propôs a proibição da observação de "estrangeiros" em futuras eleições do país. A divulgação do relatório coincide com propostas de realização de novo pleito presidencial — a medida é defendida pelo ex-chanceler Celso Amorim, assessor para Assuntos Internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enrique Márquez, ex-candidato da oposição, anunciou que pedirá a abertura de investigação criminal contra os diretores do CNE por terem proclamado Maduro como presidente reeleito. Reitor do órgão responsável pelas eleições entre 2021 e 2023, Márquez acusou os diretores do CNE de "se acertarem para emitir um boletim que destrói o voto". O órgão anunciou que Maduro venceu, com 52% dos votos, mas não mostrou provas.

"É preciso ter em conta que, na Venezuela, não há institucionalidade. O CNE não é um ente a parte do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), de Maduro. O reitor do CNE, Elvis Amoroso, era dirigente político do PSUV. É como colocar um árbitro espanhol em uma partida de futebol entre Espanha e Portugal", comparou Jose Vicente Carrasquero Aumaitre, professor de ciência política da Universidad Central de Venezuela (UCV). Ao conversar com a reportagem, ele disse que tinha acabado de ler o comunicado do CNE e observou que o documento não foi redigido com linguagem técnica. "O termo 'infame', por exemplo, é um adjetivo qualificativo político. O CNE precisa responder tecnicamente às apreciações da ONU. Amoroso cai em contradição: se não apresenta as atas eleitorais, não tem cifras."




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