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Surpreendente: ter a doença de Alzheimer pode proteger contra este câncer

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Publicada em 25/10/24 às 19:01h - 16 visualizações

por câncer Publicado por Cédric


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 (Foto: câncer Publicado por Cédric - Há 15 horas - Outras Línguas: FR, EN, DE, ES Autor do artigo: Cédric DEPOND)
E se algumas doenças pudessem nos proteger de outras condições graves? Pesquisadores acabam de descobrir uma ligação surpreendente entre Alzheimer e o câncer colorretal.Pesquisadores chineses observaram um fenômeno surpreendente: os ratos com distúrbios cognitivos semelhantes à doença de Alzheimer desenvolvem câncer de cólon com menos frequência.

Para entender a causa, eles analisaram o microbioma desses animais. Encontraram níveis elevados de algumas bactérias intestinais, particularmente Prevotella. Esses micróbios parecem influenciar tanto a saúde cognitiva quanto a resistência ao câncer.

Os pesquisadores transplantaram fezes de ratos saudáveis para aqueles com a doença de Alzheimer. Resultado: esses ratos perderam a proteção contra o câncer colorretal, revelando a importância da flora intestinal nessa conexão.


Os seres humanos também mostram uma relação inversa entre essas doenças. Pessoas com Alzheimer desenvolvem certos tipos de câncer com menos frequência, e o contrário também parece ser verdadeiro.

Os cientistas acreditam que a inflamação desempenha um papel fundamental nessa correlação. Algumas bactérias como Prevotella podem modular a inflamação, diminuindo o risco de câncer enquanto agravam os distúrbios cognitivos.

Estudos anteriores já haviam mostrado que o microbioma intestinal influencia a saúde cerebral. Esses resultados reforçam a ideia de que algumas bactérias intestinais, por seus derivados, perturbam as funções cerebrais, ao mesmo tempo que oferecem proteção contra certos tipos de câncer.

Ainda há um longo caminho a percorrer para confirmar essas descobertas em humanos. No entanto, este estudo abre novas perspectivas para entender como nossos intestinos e cérebro interagem.

Os cientistas esperam que uma melhor compreensão desses mecanismos permita o desenvolvimento de tratamentos inovadores e mais direcionados para doenças neurodegenerativas e cânceres.

O microbioma intestinal

O microbioma intestinal refere-se ao conjunto de micro-organismos que vivem em nossos intestinos. Ele inclui bilhões de bactérias, fungos, vírus e leveduras. Esses micro-organismos desempenham um papel importante na digestão, no metabolismo e no bom funcionamento do sistema imunológico.

O microbioma intestinal se comunica com o cérebro através do eixo intestino-cérebro. As bactérias presentes em nossos intestinos produzem substâncias que influenciam a produção de neurotransmissores como a serotonina, essencial para a regulação do humor e das funções cognitivas.

Pesquisas mostram que desequilíbrios no microbioma, chamados de disbioses, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer. Algumas bactérias, como Prevotella, produzem substâncias inflamatórias que poderiam agravar os distúrbios cognitivos, modificando a barreira intestinal e favorecendo a inflamação sistêmica.


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